Guia de Impacto #66

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Ainda no mês do voluntariado, nossos parceiros da V2V lideraram um experimento surpreendente.

Conduzido pelo Dr. Ricardo Caiado (Centro de Neurociência Clínica), participantes realizaram apenas cinco minutos de ação voluntária. Antes e depois, foram aferidos indicadores emocionais e fisiológicos. O resultado? Melhora significativa de humor, aumento da sensação de felicidade e pertencimento, além de benefícios mensuráveis ao bem-estar físico.

Cinco minutos! Cinco minutos são suficientes para o corpo e a mente registrarem que o altruísmo altera o nosso estado.

Se tão pouco tempo já produz efeito, imagine o que uma rede inteira de voluntários, dentro de uma organização, durante todo o ano, pode gerar.

Cientificamente, o voluntariado pode ajudar pessoas, organizações e comunidades.

Pessoas: ações altruístas tendem a reduzir estresse (menor ativação do eixo do cortisol), ativar circuitos de recompensa e vínculo (dopamina/ocitocina), aumentar senso de propósito e coerência narrativa do self. Em médio prazo, associam-se a melhor regulação emocional e marcadores de saúde cardiovascular mais favoráveis.

Organizações: programas consistentes de voluntariado corporativo correlacionam-se com maior engajamento e retenção, desenvolvimento de habilidades transferíveis (liderança fora da hierarquia, comunicação, resolução de problemas), coesão de times e redes informais de confiança: ingredientes que sustentam clima de inovação e reduzem absenteísmo.

Comunidades e sociedades: o voluntariado aumenta capital social (confiança, normas de reciprocidade), fortalece resiliência cívica e capacidade de resposta a crises, além de contribuir para reduzir isolamento social e reparar o tecido comunitário onde o Estado e o mercado não chegam com a mesma velocidade.

Em uma linha: o voluntariado é infraestrutura invisível que recalibra pessoas, reconfigura organizações e repara o tecido sociopolítico das cidades.

E dia 28 é o Dia Nacional do Voluntariado. Para você o nosso caloroso PARABÉNS!

Gabriel Cardoso
Gerente-Executivo do Instituto Sabin

As indicações da comunidade do Guia de Impacto de livros, filmes, séries e muito mais.

Indicado por:
Ivan Aires
Analista de Projetos • Instituto Sabin

“Fahrenheit 451”
Livro de Ray Bradbury, publicado em 1953

“Fahrenheit 451” apresenta uma sociedade onde os livros são proibidos e o pensamento crítico é uma ameaça. Nesse mundo distópico, o conhecimento é incinerado em nome da estabilidade de uma sociedade apática, baseada no entretenimento superficial e no consumo.

O papel dos bombeiros é invertido: em vez de apagar incêndios, sua missão é incinerar bibliotecas clandestinas. A história é narrada pela perspectiva do bombeiro Montag e mostra seu despertar de consciência após um encontro com Clarice.

Mais do que uma censura imposta por um regime autoritário, trata-se de uma autocensura coletiva, reforçada por instituições que mantêm a ordem em troca de uma sociedade sem conflitos.

Em tempos de instabilidade política, desinformação e polarização, o livro se torna um chamado à reflexão sobre o valor da diversidade de ideias. Também presta um tributo à educação e à cultura como antídoto contra a opressão.

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As indicações do Guia de Impacto para quem busca saber mais sobre o setor de impacto

🤖 IA para o bem comum

No dia 26/08/2025, às 15:30, a Plataforma Conjunta promove uma conversa sobre como a Inteligência Artificial pode ser aplicada de forma ética, inclusiva e estratégica no campo social, com transmissão pelo YouTube, Instagram e LinkedIn.

A seção do Guia de Impacto que busca esclarecer termos do setor de impacto

AI Harm

“AI harm” é o termo usado para descrever situações em que a inteligência artificial causa impactos negativos reais, como quando um algoritmo distribui recursos de forma desigual ou reforça estereótipos sobre certos grupos.

Esses casos mostram como é fundamental projetar sistemas com responsabilidade, para que a tecnologia contribua com decisões mais justas e inclusivas. | 🌍 Clique aqui e leia mais sobre o tema!

O radar do Guia de Impacto para o setor