Guia de Impacto #45

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As inundações no Rio Grande do Sul em 2024 já são uma das piores catástrofes climáticas da história do Brasil.

O mau tempo começou no final de abril com chuvas intensas que continuam até o momento que escrevo este texto, no final de maio. Hoje são mais de 2 milhões de pessoas afetadas! 431 dos 497 municípios do RS têm danos e o número de mortos alcançou 143 pessoas. As consequências sociais, infelizmente, são históricas e o prejuízo econômico já se encontra em quase 20 bilhões de reais.

A recuperação pós-desastre será longa, cara e sofrida: para restaurar a normalidade e garantir a segurança nas regiões afetadas, lares e comunidades precisarão ser reconstruídos do zero, além dos reformados. A saúde física e psicológica de toda uma população precisará ser atendida em ciclos agudos e depois crônicos. Já a recuperação ambiental tem como desafio especial a restauração de ecossistemas e plantações, além do cuidado e direcionamento de animais perdidos e abandonados. No aspecto econômico, o esforço será para reerguer economias locais, ajudando a retomada de atividades de pequenos empreendedores, empresas de todos os portes e agricultores.

Ao considerar o processo de urbanização que enfrentamos, somado aos efeitos do aquecimento global, parece que riscos de tragédias como a que estamos vivenciando no Sul tornar-se-ão cada vez mais prováveis.

E fica a pergunta: como aumentar a resiliência comunitária no Brasil para enfrentá-los? Entre as respostas, está a colaboração intersetorial entre a sociedade civil organizada, as empresas, o poder público e as universidades.

Necessitaremos, por exemplo, de políticas públicas direcionadas para a criação de infraestruturas adaptadas a mudanças climáticas, da implementação de sistemas de alerta precoce, além de uma educação especializada em desastres naturais. Será necessário uma sociedade civil atuante, mais articulada e mais ágil, apta a responder nos momentos de crise, mobilizando recursos e voluntários para fornecer ajuda imediata, enquanto empresas devem contribuir com doações, infraestrutura e expertise técnica. Somado a elas, as parcerias público-privadas podem entregar projetos de resiliência, como a construção de infraestruturas resistentes e a promoção de práticas sustentáveis. Complementarmente, o engajamento social e corporativo será chave para a criação de um ambiente mais seguro e preparado para enfrentar futuros desastres.

Assim, nesta fase em que as atenções ao desastre do Sul começam a arrefecer, mesmo com a tragédia em andamento, resolvemos contribuir mais um pouco. A Campanha de Solidariedade do Instituto Sabin deste ano direcionará uma parte de sua arrecadação diretamente ao Sul, desta vez focando nas segundas necessidades que passam a surgir após o primeiro período, emergencial.

Gabriel Cardoso
Gerente-Executivo do Instituto Sabin

As indicações da comunidade do Guia de Impacto de livros, filmes, séries e muito mais.

Indicado por:
Rodrigo Moreira
Analista de Projetos • Instituto Sabin

“Filhós de Deus”
Documentário, 2022.

Este documentário apresenta a história de Netinha dos Filhós, uma empreendedora de Caicó, RN, que comercializa o Filhós, um produto da cultura imaterial do Seridó Potiguar.

Pelas ruas de Caicó, o grito animado e inconfundível de Netinha traz alegria às tardes da cidade, vendendo essa iguaria que é patrimônio dos caicoenses.

Produzido de forma coletiva, o filme é resultado da Oficina de Documentário para Iniciantes, promovida pelo projeto Caravana REC, realizada de 04 a 08 de julho de 2022 na cidade de Caicó/RN.

A história de Netinha e sua paixão pelo Filhós não só destaca a tradição, mas também o espírito alegre e resiliente da comunidade local.

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As indicações do Guia de Impacto para quem busca saber mais sobre o setor de impacto

🌿 Relatório de Sustentabilidade 2023

O Grupo Sabin, terceiro maior player de medicina diagnóstica no Brasil, lança seu Relatório de Sustentabilidade 2023. Celebrando 40 anos, o relatório destaca resultados e metas superadas nos pilares ambiental, social e de governança. Em 2023, o Instituto Sabin levou serviços de saúde a cerca de 7 mil pessoas em vulnerabilidade social, beneficiando mais de 262 mil pessoas através de 65 programas e parcerias. | Clique aqui para acessar o relatório!

A seção do Guia de Impacto que busca esclarecer termos do setor de impacto

Logística Humanitária

A Logística Humanitária é essencial para a coordenação eficiente e rápida de recursos durante crises e desastres. Ela envolve a gestão do transporte, armazenamento e distribuição de suprimentos vitais, como alimentos, água, medicamentos e abrigos, para populações afetadas por emergências.

A principal meta da logística humanitária é salvar vidas e aliviar o sofrimento, garantindo que a ajuda chegue às pessoas certas no momento certo. Isso requer uma colaboração intensa entre organizações governamentais, ONGs, empresas privadas e comunidades locais.

Utilizando tecnologias avançadas, como sistemas de rastreamento e análises de dados, a logística humanitária otimiza as operações e assegura que os recursos sejam utilizados de forma eficaz. Essa abordagem também inclui a criação de infraestruturas resilientes e a formação de profissionais capacitados para responder a emergências.

Investir em logística humanitária significa estar preparado para enfrentar desafios complexos e imprevisíveis, promovendo um mundo mais seguro e resiliente.

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